PODER LOCAL DE PAREDES


NÃO SABE, NEM QUER VIVER EM DEMOCRACIA

Surpreendentemente (só para alguns, poucos!) a câmara de Celso Ferreira, deixa cair a máscara e dá o dito por não dito, relativamente ao dia das reuniões de câmara.

Na primeira reunião, 2 de Novembro de 2009, numa atitude que mereceu o nosso elogio e a nossa gratidão, a maioria PSD manifestou-se disponível para mudar o dia das reuniões – de 4ª feira, para 2ª feira – com o argumento de que, trabalhando o vereador, Artur Penedos, em Lisboa, isso facilitaria a sua participação.
Mas, tão dignificante atitude ética foi sol de pouca dura. Celso Ferreira e o PSD rapidamente retrocederam, retomando as rotinas que os satisfazem: desprezar compromissos, praticar o autoritarismo.
Na penúltima reunião, informou os vereadores do PS sobre as mudanças: as reuniões passariam a ter lugar às quartas-feiras porque, disseram, à segunda-feira complicavam em muito a vida da câmara.
Na última reunião, já à quarta-feira, lamentamos a atitude e, desta vez, o argumento foi outro e, pode dizer-se, verdadeiramente hilariante.

Afinal o dia das reuniões tinha mudado porque, afirmou Celso Ferreira, o vereador Artur Penedos, “na sua função de assessor do senhor Primeiro-ministro, que é muito exigente, tem imenso trabalho e, com este PM, muito mais”, situação que, acrescentou “o obrigaria a faltar muitas vezes (grotesco, em 10 reuniões, só não participou em 3 e 1 delas por não ter sido realizada no dia previamente estabelecido) e, assim, não haver justificação para impor sacrifícios à câmara”.

CElSO FERREIRA MUDA DIA DE REUNIÕES DE CÂMARA PARA IMPEDIR PARTICIPAÇÃO DE VEREADORES

Qualquer pessoa, minimamente inteligente, se rirá de argumento tão idiota e despropositado – como aliás nós fizemos, até porque o regimento, que possibilita a aplicação da “lei da rolha”, não nos permite outra coisa.

Os paredenses sabem que os homens bem formados e disponíveis para cumprir as exigências do regime democrático, especialmente as que decorrem da obrigação de promoção do debate inter-pares – especialmente entre os que estão legitimados pelo voto – não se escondem atrás de manobras dilatórias, nem usam artifícios para criar impedimentos à participação de outros vereadores.

A história mostrará, sem margem para dúvidas, que Paredes não ganha nada com comportamentos tão reprováveis, pelo contrário, só despertará tensões e conflitualidade.
Estas atitudes são impróprias de um democrata.
São adequadas apenas a quem pratica a “lei da rolha” e, sempre que pode, pratica a “asfixia democrática”.

Se o objectivo do PSD de Celso Ferreira é arreliar o vereador Artur Penedos para ver se ele desiste, desengane-se. Pode continuar com as tropelias que quiser, porque não vai conseguir os seus intentos.

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