Por Artur Penedos, no jornal "O Progresso de Paredes", de 11-5-12
Em 2001, o meu partido, o Partido Socialista, pediu-me que assumisse, em sua representação, a candidatura à câmara de Paredes. Aceitei o desafio e assumi o mandato que o povo me deu, como vereador, até ao fim.
Nessa altura tomei contacto com uma realidade estranhíssima. Os eleitos pelos partidos da oposição eram maltratados e tidos como inimigos a combater e a abater. Pouco importava se representavam uma parcela do povo que não se revia nas políticas do PSD.
Quis acreditar que esse comportamento, inexplicável, seria consequência da má formação da pessoa ou pessoas que dominavam o partido (PSD) e que colocavam o ódio nas relações políticas com os opositores, para os intimidar e para se perpetuarem no poder.
Desde então, não tenho feito outra coisa que não seja combater essas práticas – abomináveis e inconcebíveis num regime democrático – denunciando, pelas mais diversas formas, a triste realidade que se vive na bela e acolhedora terra de Paredes.
Mantenho a convicção de que a justiça pode tardar, mas um dia, chegará. Na verdade, os sinais de revolta começam a surgir, não só dos cidadãos, mas, igualmente, da comunicação social local.
Não é fácil ser-se independente, imparcial, isento e cumpridor das obrigações que se colocam à imprensa livre, quando ela faz contratos de prestação de serviços com a câmara.
Mas, se tudo correr como é desejável, ainda poderemos assistir a uma “revolução” tranquila em Paredes e, finalmente, ter um poder local democrático e, com ele, o respeito pelos eleitos e pelo povo.
É que, hoje como ontem, quem está obrigado a respeitar e a fazer respeitar as instituições, mas se limita a usar a brejeirice para as descredibilizar e a mentira para as confundir, não merece o respeito e muito menos o voto do povo.
O autoritarismo descontrolado do PSD/Paredes tem um só objetivo, esconder e iludir as acusações que lhe são dirigidas pela oposição e, também, pelos Organismos estatais independentes.
Sempre disse e repito, em Paredes há uma intolerável “asfixia democrática”. Que o digam os funcionários da câmara que vão sendo colocados na “prateleira”, por terem cometido o “pecado” de contrariar a vontade do presidente!
Mas hoje, confesso-me mais otimista e confiante na mudança.
Esperemos que seja o início da viragem e que os cidadãos, independentemente das suas tendências político-ideológicas, agarrem a oportunidade e se libertem dos que não respeitam nada nem ninguém.
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